É o modo de usar: há várias utilidades terapêuticas para o Scape-Scope, de acordo com as necessidades de cada paciente. Em 1974, Sphrintzen e colaboradores começaram a usar o Scape-Scope no nariz para controle do escape de ar nasal em pacientes com fechamento inconsistente do esfíncter velofaríngico. Estes apresentavam fechamento para o sopro e assobio, mas não para a fala.
Entretanto, alguns anos depois, o próprio autor começou a achar seu uso não totalmente eficiente para o controle da hipernasalidade. No Brasil, em 1986, o Scape-Scope começou a ser utilizado na boca pela fonoaudióloga Elisa Bento de Carvalho Altmann. Segundo esta autora, é adequado para todos os casos de fissuras labiopalatinas em que se deseje o aumento do fluxo aéreo bucal, tanto para o sopro como para os fonemas orais.
A fim de facilitar a captação do fluxo aéreo bucal, aconselha a retirada da biqueira e o posicionamento do tubo de látex junto aos lábios ou aos dentes. Para os fonemas mais posteriores /k/ e /g/, coloca-se um canudo pequeno, encaixado ao tubo, ficando o canudo apoiado sobre a língua.
Seu uso é também efetivo nos casos de ceceio lateral para o direcionamento frontal do fluxo aéreo bucal. Nesses casos, o pistão de isopor sempre deve subir, e o paciente sentir-se-á automaticamente reforçado. O Scape-Scope é usado ainda para o estímulo e reforço da aeração nasal para respiradores bucais em indivíduos com dificuldade em respirar pelo nariz. Para tanto, o tubo de látex deve ser acoplado às narinas, fazendo o pistão de isopor subir a cada expiração.
Observação: para um adequado funcionamento dos órgãos fonoarticulatórios, é imprescindível o posicionamento ereto de cabeça durante a realização dos exercícios. Precauções: como o Scape-Scope utiliza vidro em sua fabricação, é um produto frágil e deve ser manuseado com cuidado e sempre sob supervisão de um adulto. Não deixá-lo cair, bater ou danificar-se, pois o vidro quebrado pode tornar-se perigoso. Além disso, a utilização correta do Scape-Scope deve ser sempre orientada pelo fonoaudiólogo responsável pelo paciente.